Serrote Agudo
Passando em Serrote Agudo
Em viagem incontinente
Vendo a sua solidão
Saí pesando na mente
Eu vou fazer um estudo
Pra lhe contar a miúdo
Quem já foi Serrote Agudo
Quem está sendo no presente
Já foi um reino encantado
Foi berço considerado
Quem conheceu seu passado
Acha muito diferente
Aonde o touro em manada
Berrava cavando o chão
Fazendo revolução
Na época de trovoada
Dando berros enraivado
Por achar-se enciumado
Do seu rebanho afastado
Vacas que lhe pertenciam
A sombra do Juazeiro
Já lhe esperando o vaqueiro
Com seu cachorro trigueiro
Como seu grande vigia
Vaqueiros e moradores
Encantos, belezas mil
Onde reinavam os fulgores
De um major forte e viril
Rijo, porém animado
Fazia festa de gado
Onde o vaqueiro afamado
Campeava todo dia
Hoje sem major, sem nada
Só se ver porta fechada
Não se vê mais vaquejada
Não reina mais alegria