Na Parada de Sucesso
Em terceiro lugar vem o nanã de naná
Em segundo lugar vem o lerê-le-iê
Mas em primeiro lugar, malandro
Vem o la-ra-la-iá
La-ra-iá
(La-ra-iá)
Estrela cega, noite sem luar
(La-ra-la-iá-la-iá)
É o totem da classe média
(La-ra-iá)
(La-ra-la-iá-la-iá)
Com o nanã de naná
Quando a noite cair
Eu apanho a coberta
E na hora certa
O meu bem vai dormir
Mas o le-re-lei-ê
É pra gente mais fina
Coisa quase grã-fina
Assanha na festa
E não vai na seresta
Mas em primeiro lugar
Vem o Messias desta era
Que é meu la-ra-la-iá
La-ra-iá
(La-ra-iá)
É o patrão do asfalto, o engorda estandarte
(La-ra-la-iá-la-iá)
É o peste se cala
(La-ra-iá)
Passarinho que só canta no ninho
(La-ra-la-iá-la-iá)
Em terceiro lugar vem o nanã de naná
Em segundo lugar vem o lerê-le-iê
Mas em primeiro lugar, malandro
Vem o la-ra-la-iá
La-ra-iá
(La-ra-iá)
É o discurso do primeiro dia
(La-ra-la-iá-la-iá)
É o samba em medo do segundo dia
(La-ra-iá)
O verbo encarnado do terceiro dia
(La-ra-la-iá-la-iá)
É a luz da quarta parada
(La-ra-iá)
É o quinto degrau do não se diz, diz, diz
(La-ra-la-iá-la-iá)
É a sexta cheia de água benta
(La-ra-iá)
É a missa do sétimo dia
(La-ra-la-iá-la-iá)