Nada Em Vão
RODRIGO AMARANTE DE CASTRO NEVES
Nada em vão
No espaço entre eu e você
No silêncio um grito
O sim e o não
Eis então
Que o pedaço de mim
Que é só teu
É intento sem
Tanto intenção
Quando eu vejo você
Me olhando assim
Vendo em mim
O que eu vejo em ti
Qual razão
É medir o imenso da sede
Se cede o senso
À sensação
Ilusão
É a veste que
Faz-te volver
Que me envolve e verte
Afeto e afã
Quando eu vejo você
Me olhando assim
Vendo em mim
O que eu vejo em ti