Lusanave
Era um dado, era um dedo, era um dia
Em Lisboa o Brasil principia
Era um dado, era um dedo, era um dia
Em Lisboa o Brasil principia
Foi Cabral que era um cara arretado
Que chegou por aqui outro dia
E fundou um país de poesia
Joães, Manueis e de mais calmarias
Carnavais de carnais alegrias
São as carnes das nossas meninas
Que desnudam um país de águas claras
E aves raras
Era um dado, era um dedo, era um dia
Em Lisboa o Brasil principia
Era um dado, era um dedo, era um dia
Em Lisboa o Brasil principia
Em Coimbra destila-se o fado
Em São Paulo calcula-se o saldo
Em Brasília discute-se, sente-se
Come-se, bebe-se, sabe-se tudo
Em Belém uma torre anuncia
Partiremos daqui qualquer dia
Do outro lado do mar nos veremos
E aí seremos
Era um dado, era um dedo, era um dia
Em Lisboa o Brasil principia
Era um dado, era um dedo, era um dia
Em Lisboa o Brasil principia
Somos nada no meio do mundo
Somos tudo na soma de todos
Por que somos malucos, malungos
Sentimentais demais acima de tudo
Lusanave amarela brasilis
Vai singrando e soltando as amarras
No além-mar das paixões portuguesas
Com certeza
No além-mar das paixões portuguesas
Com certeza