Lágrimas de Diamantes

Luiz Caldas

Pedras presas se soltam e descem pelo rio
Margeando, contornando a chuva que surgiu
E caiu, como lágrimas de diamantes incrustados
Nas paredes dos seus olhos de vulcão

Nuvens negras, nuvens brancas, também tapam o sol
Enquanto ele deita e fulge a minha frente no arrebol,
Me pungiu, me encheu de coragem, permitiu uma nova passagem
Abordar pelo raso e se aprofundar

Me instruiu, muniu de livros e ideias pra usar
Imaginando, arquitetando um novo jeito de lidar
Com esse frio, que risca e rasga como uma adaga em minha carne
Dilacerando e mutilando até o fim

Gotas de saliva, sangue, água, lágrima e suor
Vivendo por um fio esperando o melhor
Me pungir, me encher de coragem, permitir uma boa passagem
Abordar, acertar no alvo e relaxar

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