Oitavado
Rodeio parado num canto da casa
Fragrância de creme com leite de rosa
A luz que era pouca incendiava na sala
A lua de um pito na mão das mimosa
E cada percanta, com sua malícia
Retoço e carinho num salto de doze
Rabicho de cola e um tranco de graça
No amor ou na farsa, mantendo a pose
Tomando um trago assim, despacito
De boenita moura sombreando a mirada
Segue o paysano, cuidando a cena
E o andar da morena pela madrugada
Oitavado, olhando o desfile na volta da pista daquelas guria
Uma morfologia pra premiar em Esteio
A flor no cabelo é uma escarapela enfeitando as minhas bela
Que campeavam arreio
Que brabo pra um, andar emcambichado
E emprestar pra lida de outros torena
O doce perfume daquele cangote
E toda a função da sua morena
Assim, oitavado, quem sabe amanhã
Eu volte pra boca cuidar da guria
Pior que um romance de sociedade
É não retornar pra o balcão noutro dia
Tomando um trago assim, despacito...