Moça de Feira
Se não chover
Amanhã vou passear
Comprar farinha
Lá na feira do Pilar
Lá no Pilar
Numa certa bodeguinha
Sá Lariquinha
Bota a filha no barcão
E a Catarina
Com seus óio gatiado
Bota os cabra apalermado
Nem repara a medição
Os óio dela tem veneno de serpente
E é mais quente que o sol de Quixadá
Farinha crua, tá azeda, tá mofada
Mas os cabra num vê nada
Nem o troco quer contar
Lá no Pilar
Com o negócio da farinha
Sá Marquinha
Vai ganhando um dinheirão
Já tá ricaça
No entanto é tão ladina
Que num deixa Catarina
Namorar com ninguém não
Sá Marquinha
Não se afasta da bichinha
O dia inteiro encostada no barcão
Se a Catarina
Num consegue seu intento
De arranjar um casamento
Vai ficar no barracão