Antinome
[Verso 1: Chico César]
A noite aguda
Ouvi um deus me acuda
Como se aqui fosse a croácia
E era um assalto na farmácia
Alguém necessitava
Gaze e merthiolate
OB e chá mate
[Refrão: Chico César & Chico Buarque]
Chamo-te pelo antinome, pai
Quando o invisível
Some e se esvai
Em vinho que não bebo
Em pão que não comerei jamais
[Verso 2: Chico Buarque]
No dia longo
Sol nascendo e sol se pondo
Como se aqui fosse o Saara
É Ceará e mais deus não dera
Oásis quase nem
Ninguém sequer espera
Resseca gente-fera
[Refrão: Chico César & Chico Buarque]
Chamo-te pelo antinome, pai
Quando o invisível
Some e se esvai
Em vinho que não bebo
Em pão que não comerei jamais
[Verso 3: Chico César & Chico Buarque]
A noite morre
Ouço um quem me socorre
Como se Grózni aqui fora
E era alguém que ia embora
E o outro que ficava
Implorava companhia
Perdão, misericórdia
[Refrão: Chico César & Chico Buarque]
Chamo-te pelo antinome, pai
Quando o invisível
Some e se esvai
Em vinho que não bebo
Em pão que não comerei jamais