Bodas de Prata
João Bosco
Você fica deitada
De olhos arregalados
Ou andando no escuro
De pegnoir
Não adiantou nada
Cortar os cabelos
E jogar no mar
Não adiantou nada
O banho de ervas
Não adiantou nada
O nome da outra
No pano vermelho
Pro anjo das trevas
Ele vai voltar tarde
Cheirando a cerveja
Se atirar de sapato
Na cama vazia
E dormir na hora
Murmurando: Dora!
Mas você é Maria
Você fica deitada
Com medo do escuro
Ouvindo bater no ouvido
O coração descompassado
É o tempo, Maria
Te comendo feito traça
Num vestido de noivado