Proparoesquisítono
Eu fiz esta moda meio esquizofrênica
Só porquê me chamaram de quadrilátero
Dizem que eu canto moda da idade milênica
E que os meus versos já estão reumáticos
Eu não ligo pra comentários irônicos
Quem fala é porque que tem problemas psíquicos
No braço da viola provo, sou biônico
Não sou eu que digo é a opinião dos críticos
Ser imitador eu até acho válido
Mas falar dos colegas não é bem simpático
Cuida do seu nome que está muito pálido
Deixa minha vida e não seja fanático
Eu quero acabar com violeiro monótono
Um desafinado eu conheço à quilômetro
Que arreganha a boca igual a um hipopótamo
Enjoa o ouvinte e não tem semancômetro
Eu já derrotei violeiro satânico
Que num desafio era diabólico
E para apaziguar este encontro titânico
Gastou um exorcista e um chefe católico
Até parecia um combate germânico
E o resultado foi mesmo caótico
Ele desandou o sistema orgânico
Sujou na viola e acabou neurótico