Do Luto a Luta

Afronauta; Vinicius Preto; Zamba Rap Clube

A verdade e a censura
A maldade e a ternura
A sanidade e a loucura
A liberdade e a ditadura
Mensura ao racismo no país da mistura
Vida eu quero da boa
Porque não tem mais da pura
Em meio ao ódio bruto
Então tá foda, truta
Não quero minha mãe
Em luto após a minha luta
Dinheiro que se quer
Dinheiro é foda né
300 no bolso tem que explicar
O que é pros gambé
Sou mais um zé, lá do metrô sé
Neguinho qual é que é?
Se é da boca é?
RG pra provar quem você é
Gaiola, solto, deitado ou de pé
Em meios aos escombros
A paz virou entulho
Recebendo a maldade
Dentro de um embrulho
Caminho no silêncio
No meio a tanto barulho
Passo firme no bagulho
Em busca do orgulho

País da desigualdade, o que vejo na cidade
Uma sociedade morta que esconde a verdade
Polícia nos guetos, matando sempre os pretos
Lá em osasco, não prenderam um suspeito
Não vejo aqui, as mudanças que prometeram
Vamos lavar a alma com a água do bueiro
No terço da igreja ou no canto do terreiro
Meu melhor já levaram, sobrou a esperança
Mas essa vem, com o recheio da vingança
Saia do luto diário, pra luta diária
Já morri tantas vezes, que não jogo a toalha
A luta diária não é só pelo pão
A militância aqui, é questão de obrigação
Resistir é preciso, não fique parado
Para nanã nos proteger das amarguras do passado
A luta é contra o luto da mente
Uma luta insana que me deixa doente
Contra a redução, por mais educação
O povo unido, é a solução
Pra essa nossa luta não ser em vão
Sem cair em tentação, sai do luto antes da morte
Lute, corra, seja mais forte
Neste caos diário que não se pondera
Do luto à luta, a paz os espera
Pra vencer a guerra da luta interna
Sigo lutando com a minha mente aberta
(Sigo lutando com a minha mente aberta)
Seja mais forte
Neste caos diário que não se pondera
Do luto à luta, a paz os espera
Pra vencer a guerra da luta interna
Sigo lutando com a minha mente aberta

A verdade e a censura
A maldade e a ternura
A sanidade e a loucura
A liberdade e a ditadura
Mensura ao racismo no país da mistura
Vida eu quero da boa
Porque não tem mais da pura
Em meio ao ódio bruto
Então tá foda, truta
Não quero minha mãe
Em luto após a minha luta
Dinheiro que se quer
Dinheiro é foda né
300 no bolso tem que explicar
O que é pros gambé
Sou mais um zé, lá do metrô sé
Neguinho qual é que é?
Se é da boca é?
RG pra provar quem você é
Gaiola, solto, deitado ou de pé
Em meios aos escombros
A paz virou entulho
Recebendo a maldade
Dentro de um embrulho
Caminho no silêncio
No meio a tanto barulho
Passo firme no bagulho
Em busca do orgulho

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