No Recanto Aonde Eu Moro
No recanto aonde moro
Eu não posso mais vivê
Se for indo desse jeito
Eu não sei como há de sê
Quando é de tardezinha
Que o Sol já vai se escondê
O que mais me aborrece
É vê as mata escurecê
Eu me alembro do passado
Eu não tenho mais prazê
Resorvi fazê viagem
Bem antes de amanhecê
Arriei o meu cavalo
Chamado Caxinguelê
Na garupa eu levo um pala
Se acaso o tempo chovê
O meu lenço no pescoço
Pra quando ventá tremê
Jogo uma ponta pra trás
Pra meu bem me conhecê
Encontrei o meu benzinho
Reclamando do vivê
Ela me pediu chorando
Eu quero ir com você
Meu schmidt na cintura
Pra nada me acontecê
Solto o meu macho na estrada
Não preciso de corrê
Vamos simbora pra longe
De nóis ninguém vai sabê