Águas de Infância

Adão Quevedo

Quando as gaivotas sobrevoam o cantar
O pescador, que conhece a profissão
Prepara as Redes, e espera o pôr do sol
E entre os juncos, vai remando ilusão
Leva nos olhos, seus anseios de piá
Singrando as águas, no seu barco solidão
A sua alma, tem razões para cantar
Mas há feridas, dentro do seu coração

Quem aprendeu a respeitar a natureza
E a somente trocar o peixe pelo pão!
Hoje vê as águas turvas com tristeza
Minguando sangas, a morrer poluição

As águas claras, que bebeu na infância
Verteram lágrimas a molhar seu rosto
Que envelheceu, ao longo das distâncias
Aquecendo brasas, pra vencer a gostos
Talvez um dia, o homem louco suicida
Reflita em si, o olhar de uma criança
Quem fere a terra e destrói a vida
Deixa pros filhos essa mágoa, como herança

Quem aprendeu a respeitar a natureza
E a somente trocar o peixe pelo pão!
Hoje vê as águas turvas com tristeza
Minguando sangas, a morrer poluição!

Hoje vê as águas turvas com tristeza
Minguando sangas, a morrer poluição!
Hoje vê as águas turvas com tristeza
Minguando sangas, a morrer poluição

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