Sons de Carrilhões
Sem os faróis dos olhos teus
Os olhos meus não brilham mais
E são agora lacrimais tristonhos
Eles que foram vergéis de sonhos
E nos meu peito sem ideais
Entre as ruínas de uma ilusão
Do nosso amor guardo as lembranças
Que ficaram do escrínio de saudade
É meu coração
Vem por Deus do brilhetério dos olhos teus
Trás ao meu pranto refrigério de um sorriso
E transforma o meu inferno num paraíso
E ilumina com a luz divina do teu olhar
O negro céu do meu penar
Das minhas dores
Faz o rosal dos meus só te cobrir de flores
Presa aos teus olhos antigamente
Como alvorada resplandecente
Há um sol de amor os sinos da esperança
Em mim vibravam festivamente
E hoje somente na minha vida
Que é campanário da soledade
Sem os teus olhos ao tristor
De um sol poente tangente isoladamente
Os sinos da saudade