Sina

Gabriel Oliveira

Assina a sina que eles assassina
Vazios sem vida, vírus e vacinas
No fim da tinta, borrei todas linha
Quantas esquinas já rolou chacina


Assumo meus BO
As vezes fujo dessa vida
O passar dos dias dói
Uma roda loka' cansativa


Enquanto sofre os menor
Na sociedade doentia
Falam de um mundo melhor
Praticando eugenia


E os primo preto (hein)
E os da favela que ainda morre todo dia
Humanos de preto (hey)
Queimam corações, queimam Amazônia


Tudo pelo peso do dinheiro (uow)
Ou talvez toda essa fúria seja instintiva
Os do topo come primeiro
Enquanto os do poço morrem em agonia


Assina a sina que eles assassina
Vazios sem vida, vírus e vacinas
No fim da tinta, borrei todas linha
Quantas esquinas já rolou chacina


Esses relógio sem ponteiro
A vida fases sem sentido
Os sonhos são vendidos
Ou roubados por inteiro


Me faz sentir sozinho
No mundo um passageiro
Não sei se é egoísmo
E mudar juro que tento


E ainda sonho em subir na plataforma
E poder desmascarar os vilões
Trazer o que é nosso de volta
Como don quixote caçando dragões


Minhas letras são minha revolta
Me livrei de todas ilusões
Ou talvez seja a loucura a porta
E eu continuo em grilhões


Assina a sina que eles assassina
Vazios sem vida, vírus e vacinas
No fim da tinta, borrei todas linha
Quantas esquinas já rolou chacina


Todos sentem a mesma revolta
São níveis de percepção
Quem é que anda com escolta
Quem é que mora em invasão


Sempre se repete a história
Ciclo não gera evolução
Querem as massas pras manobras
De uma grande conspiração

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