Cantos Perdidos
Deixa eu pensar
Remoer e provar
Pra mim mesmo
O quanto dói
Deixa eu voltar
Me perder ao lembrar
O que o medo foi
Pra nós
E aos poucos assisto à minha vida
Em cenas perdidas, sem ordem
E aos poucos aceito que o dia
Já não é medida de tempo
E às vezes
Nem sempre
Eu posso acordar
Na minha mente
Ecoa um som
Tão presente
Na solidão
Persistentes
Não cessarão
Na minha mente
Ecoa um som
Que vai me libertar
Deixa eu sonhar
Perceber que não há
Uma só desilusão
Deixa eu vagar
Escolher onde andar
Nessa longa discussão
Delirando num conto febril
As lembranças se moldam
Sozinhas
E eu vejo o que quero
E não peço desculpas
Por cores que faltam
Na bela pintura
Que a voz me fez criar
Na minha mente
Ecoa um som
Tão presente
Na solidão
Persistentes
Não cessarão
Na minha mente
Ecoa um som
Que sempre esteve lá
Dançam memórias que trocam de par
Pra me confundir ao me ver chegar
E me convidar
Pra sempre
Já não me importa o que é real
Qualquer caminho me leva ao final
Nessa imensidão me perco
Ao despertar pela manhã
Passo o dia recordando
A vida que a noite traz
Noite traz
Noite traz
Na minha mente
Ecoa um som
Tão presente
Na solidão
Persistentes
Não cessarão
Na minha mente
Ecoa um som
Que nunca vai parar