Nove e Trinta
Tenho o sorriso
Pegado no rosto
Os olhos sem brilho
Marcados pelo esforço
Os tempos são duros
No palco da vida
Quem paga o bilhete
Quer ganhar à partida
A noite vem
A noite chega
E uma vez mais
Fantasmas à mesa
Resta-me a bruma
Corpos delinquentes
Juntos iremos
Beber champanhe
Amanhã sozinho
Cheirando as ideias
Ao espelho narciso
Confesso as asneiras
Há poetas heróis
E poetas somente
Buscando prazeres
Quebrando correntes