Sila (Ou o Conto Dos Seres Imaginários)

Quem passou pela sicília ouviu
Junto ao estreito que depara o mar
O rugido em tempestade
Das ondas que se batem
Nos rochedos
São vozes
De um monstro a chamar


Conta uma fábula
Quem ler verá
Que antes das águas
Que banham hoje o povo do lugar
Morava sila, uma ninfa cor de nuvem
Que por ser bela demais
Enamorou glauco, o deus do mar,
Que por amores demais,
Ele não dormia mais direito.


Mas,glauco insano quis
Sila esquecer
Buscou por cice,
Que sabia de mil ervas e magias
Cice encantou-se do corpo dele,
Quis domar-lhe o amor
Não conseguiu,
Glauco não esqueceu
Não conseguiu
E assim glauco nunca esqueceu...


Cice usou de mágicas
Fez do corpo de sila três cães
Com três cabeças,
Cada uma com três fileiras de dentes,
O que vocês fariam ao tornarem-se serpentes ?


Sila tomada de horrores pulou
Do estreito até o mar
E os deuses tomados de pena
Transformaram-na em rochedo.


E nas noites de tempestade
Navegantes que passem por lá
Ouvirão junto ao estreito que depara até o mar
O rugido de um monstro a chorar


É sila a cantar,ah,ah,ah,ah,ah,ah...
Sila a cantar...

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