João
São tantos e tão poucos têm noção
De como se inaugura uma nação
Não é bem com monumentos
Ou com balas de canhão
É quando uma brisa Bate na respiração
E entra no juízo de um João
Que dedica todo empenho
E amor ao seu engenho
Para arejar
Os cantos da canção
E da sentido à nossa sensação
Milhares de partículas no ar
Reviravoltam numa vibração
Para nos dar sua benção
Para nos tirar do chão
Como se a rotação Da terra fosse então
Essa voz e esse violão
Quando uma só pessoa
O silêncio aperfeiçoa
Toda a multidão
Escuta o coração
E se torna civilização