Galope

Gonzaguinha

O galope só e bom quando é a beira mar
O galope só é bom quando se pode amar
Esse mote só é bom bem livre de cantar
Falar em morte só e bom quando é pra banda de lá

É sacode a poeira
Imbalança, imbalança, imbalança, imbalança

Me dê um cadinho de cachaça...
Me beije, me aperta, me abraça...
Depressa, correndo, vem ligeiro
Me dê teu perfume, dê um cheiro
Encoste em meu peito o coração
Que eu vou mostrar pr´esses cabras como se dança um baião
E quem quiser aprender é favor prestar atenção

Casa de ferreiro, espeto de pau
Quem não bole em espinha nunca vai se dar mal
Quem não dança minha dança é melhor nem chegar
Se sacou do punhal tem que sangrar
Tem que sangrar, tem que sangrar

É sacode a poeira
Imbalança, imbalança, imbalança, imbalança

Deixa essa criança chorar / Deixa essas criança
chorar
Não adianta cara feia, nem adianta se zangar
Que ela só vai para quando essa fome passar
... E doutor, uma esmola a um homem que é são
ou lhe mata a vergonha, ou vicia o cidadão

Casa de ferreiro, espeto de pau
Quem não bole em espinha nunca vai se dar mal
Quem não dança minha dança é melhor nem chegar
Se sacou do punhal tem que sangrar
Tem que sangrar Tem que sangrar

É sacode a poeira
Imbalança, imbalança, imbalança, imbalança

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