Lei [Karma]
Já conheces esta Lei?
"Achas que são todos lixo
Então é porque o és também"?
Agora culpas e julgas como um rei
"Pela paz já matei
Parte da justiça que eu criei"
Já conheces esta Lei:
"Se achas que são todos lixo
Então é porque o és também"?
Achas que conheces o Karma?
Operam-te os olhos antes de
Tirar a própria farpa
Sempre te lavaram, menos essa alma suja!
Mesmo que te iludas que és
Um anjo que toca harpa
Já vi martelos a condenarem por menos
E a nunca confessarem o erro
Que desde sempre sabem
E sabe bem quando sabes que
Tens as costas quentes
Porque a justiça não se
Pratica pela nossa gente
Está tudo distorcido
Culpado: liberado e vivo
Inocente: morto e julgado
E sigo caminho torto moldado p'lo mentiroso
Vendado, foi ele que furou
Os centavos que ambiciono
Simplesmente aliciou-me
Não sei descrever o pormenor do nojo
A hipocrisia invadiu-me o corpo
Piso pedras falsas
Tipo que tenho fé nas asas que não crescem
Aquelas coisas que te prometem, bazam
Não há camaradagem
Mas há uma câmara-de-ar furada
E acho que eu sou quem tem de mudar o pneu
No apogeu 'tou paralelo ao chão
Minha raça, minha ração
Há anos que te vejo a patinar no gelo
É um raciocínio simples: és quem?
Praticas mal, ou bem?
Quantas vezes desculpas actos e culpas cactos
Tipo que não sabias que haviam
Espinhos para mim virados
E esse teu empurrar da prancha
Foi só um espasmo, também
Achas? Achas que conheces a Lei?
Ou confundes com vingança
Passiva contra alguém?
Aproveita que hoje eu já tirei a máscara
P'a vir honesto p'a minha
Casta que outrora afundei isto é escola
Ou aprendes ou vais p'a casa
Como uma alma penada
Esta é a Era do conflito e
Espírito de pedra em carne cerne:
Aguentar-me, a boiar como um Iceberg
E acredita, só viste a ponta qual pomba?
O nó da humanidade não se desata devido a nós
Real exerce justiça mas não lhe vês a sombra
Não tens mão p'a praticar o justo
Por isso ouve a minha voz:
O poder existe longe dos juízes
E o que exerce não parece ser teu Amigo
Mas tens de perceber porque é
Que o sofrimento preside
Com base no egoísmo
Sem sair do edifício difícil
Ao início pensas que tudo o
Que é real se toca
Que tudo o que resulta se manifesta na hora
Que sofrimento é vão, e vozes choram e
A vida é reproduzir um filme
Um sonho vívido onde eu só exponho
O líbido para filtrar desejos
Vida é um extâse de desleixe químico
A vida pode ser injusta
Aos olhos de quem a despreze
Quando o sofrimento ensina
Cada um tem o que merece
E caso o permitas ela melhora-te a cada gesto
Como se fosses uma Obra
Prestes a ser desenvolvido
Em breve eu vou saber quem
Sou no mundo físico universo Maya
Cobaia da inocência no verso
Na medalha do meu velho
Karma, não quero conhecer as tuas expressões
Mas ainda hoje errei para meu sincero
Lamento quando me enterro
Podia estar inteiro mas como outros
Eu estou dividido ao meio
Eu não planeio mentir, para teres desilusões
Tens primeiro que te iludir
E há missões p'a extingir más emoções
Não vás por sensações estás num mundo falso:
Matrix que eu calço mas não aperto os cordões
O que nos une é mais
Elástico que esse plástico derretido
Não estou estático sem motivo
'Tou no ginásio anímico
Em nome da liberdade fora do típico
Inverencial