Como Um Tiro de Bacamarte
Até me parece ser tarde demais
Quanto mais me fere eu a quero mais
Segue me esnobando e me massacrando
É fera em me ter
Me ganha sem pose, meu peito se abre
É um tiro de doze ou de bacamarte
Se junta as crianças que dançam chegança
Não quer mais parar
Pinta seu rosto com mestre Satú
Lá de longe me manda um beijo
Dança no mastro e solta pitú
Na caceteira do mestre Rindú
E eu só de relance, a quero pra mim
Busco outra chance, feitiço sem fim
É paixão à vera
Que me dilacera
Não quero fugir
Quase fissura e eu insisto
Me aproximo, ganho um beijo
Entre as espadas, busca-pés e medos
Chega a chuva, mantenho o fogo
Sete litros de calor
Derretido de amor
Mais um beijo me calou
Destrói, destrói
Bem em cheio me acertou
Encontrei o meu amor
Outro beijo me calou
Destrói, destrói
É paixão à vera
Não morro de espera
É paixão à vera
Não morro de espera