Cântico
Oculta contemplo
A graça da tua figura
Secreta, calada
Vou compondo um chamamento
Vem comigo ver a noite de luar
O firmamento
O brilho das estrelas, de todos os astros
Em movimento
Quisera eu
Imitar a sua dança, o seu encanto
Desnudar a minha esperança
Vê
No jardim o orvalho fresco já beijou
Todas as flores
Os frutos
Derramam um perfume encantador
Vibrantes cores
À já manhã
Vem por entre o arvoredo
Escutar o canto das aves
O doce segredo
Distante miragem
Do teu olhar um leve aceno
Quando não te tenho junto a mim
Todo o meu corpo é um deserto
Vem
Quero ouvir o som da tua voz
Suave torrente
Vê a Levante
O oásis que desponta
Vamos provar o néctar das romãs
Beber das fontes
E oxalá
Possam vir as minhas mãos a ser o bálsamo
P'ra sarar as tuas feridas