Refugiados
Otoniel Gondim, Paulo Marcondes, Targino Gondim
Tantos vindo de tão longe
Vindos d'África, oriente...
Guerras, credo ou etnias
Nessa terra tão dolente...
Mas sofrem
Como a nossa fome
Que castiga
Quem foge tem lá
A sua inimiga
Que mata de tanta iniquidade...
Por força lhes botam
Pra correr das suas terras
Sem saber pronde ir,
O que lhes espera
Quem sabe noutro mundo
Haja esperança...
Pobre gente luta bravamente
Contra o regime
Da fome e da pobreza
Apartheid, diáspora comoventes
Mesma luta em causa de grandeza...
E não se envergam mesmo tristemente
Aqui no sertão ou no oriente
Não estão sós neste mundo cão...
Sofrendo de tudo, maus-tratos
E abandono
Um povo acuado, cão-sem-dono
Fugindo da perseguição ...
Como o povo pobre do nosso sertão
Segue essa gente sofrida
Em solidão...(bis)