O Avesso da História
Que terrível cavaleiro
De armadura reluzente
Como um raio vai ligeiro
Pra matar gente inocente
O punhal brilha amolado
Zelo cego e equivocado
Semeando atrocidades
Rega em sangue as cidades
Mas na estrada de Damasco
Cai vertiginosamente
Abatido o carrasco
Feito uma estrela cadente
Frente a frente com a glória
Do Jesus que perseguia
Olha o avesso da história
A mais santa ironia
Mudou, mudou
Ele agora é perseguido e sabe o que é a dor
Mudou
Vive, morre, prega e chora pelo seu Senhor
Mudou
Traz no corpo as marcas que por Cristo conquistou
Mudou
Rosto que antes aguerrido enfim suavizou
Mudou, mudou
Anda comovido, constrangido pelo amor
Mudou
Quando torturado canta um hino de louvor
Mudou
Quer que o mundo inteiro saiba quem o transformou
Mudou
Porque muda mesmo aquele a quem o amor mudou