Medalhão
Hã
Todo teto de vidro quebra
E o Sol arde na carne viva
Eu tô passando a cura ardida
Espero que sobrevivas
Do abismo que andas a beira
E cavastes com os próprios pés
Saia da teia da areia
Não há praia imune às marés
O fogo queima, queima
E a sorte encontra o revés
Beba do cálice só se for pra ser tudo que és
Dai-me mais amor
Valha-me, Nossa Senhora
Me livrai da ingratidão e dos que finge que não chora
Os céus assistem a falsa vitória do medo
Me mate em público, me ame em segredo
É o ego dos gregos
Eu vim gesto etéreo pelos dias chaves
Cinco horas da manhã das eras
Anuncie os salves
Abrindo cortinas com o meu vento
Guiando almas perdidas
Pelos vastos submundos do tempo
Então, eis que amanheceu o pensamento
O poeta respira
Mudando o mundo com seus moinhos de vento
Discerne minha verve o quadrante
Com os ouvidos na teia da mais pura cerne
Lapidado a cada nascer do Sol
O próximo apocalipse
O próximo futebol
Discerne minha verve o quadrante
Com os ouvidos na teia da mais pura cerne
Lapidado a cada nascer do Sol
O próximo apocalipse
O próximo futebol
Discerne minha verve o quadrante
Com os ouvidos na teia da mais pura cerne
Lapidado a cada nascer do Sol
O próximo apocalipse
O próximo futebol
Discerne minha verve o quadrante
Com os ouvidos na teia da mais pura cerne
Lapidado a cada nascer do Sol
O próximo apocalipse
O próximo futebol
A eternidade é o parto prematuro
Todas as luzes munidas nesse escuro
O susto, a percepção alada
O justo, a reflexão na calada, inseguro
O caminho agouro
Em qual cura me curo?
A razão da ira
A ira é a razão
Cólera, lareira
Seu Tiamat na coleira é só precaução
Honras às honras, condecorações, brasão
Na luta eterna minha santa vitória
Meu medalhão
Na luta eterna minha santa vitória
Meu medalhão