Elias e Os Profetas de Baal

Silvestre Kuhlmann

Jezabel, a terrível mulher do rei Acabe
Deu ordem: Com os profetas de Deus, acabem!
Ficou só Elias, que por ordem do Senhor
Subiu ao Monte Carmelo para propor
Aos profetas de Baal algo perturbador

Elias disse: Eu sou apenas um
E vocês, quatrocentos e cinqüenta
Façam um holocausto, sem fogo algum
E invocai aquela coisa nojenta
Que é o deusinho de vocês
A atear fogo sobre a lenha, na irês

Eu farei a mesma coisa logo
Mas invocarei ao Senhor
Quem responder por meio do fogo
É o único Deus, e a Ele, será dado louvor

E o povo de Israel ouvia e olhava
E dizia: É boa esta palavra!

Os profetas de Baal
Tomaram o bezerro
Colocaram sobre a lenha
Todos eles com um berro
Diziam: Baal, venha
E aqui ateie fogo
Queremos ganhar o jogo

E assim eles ficaram
De manhã ao meio dia
Sobre o altar saltavam
Mas Baal não os ouvia

E Elias começou a zombar
Façam mais barulho!
Talvez durma aquele bagulho
Ou será que ele foi viajar?

E os profetas de Baal
Tinham estranha mania
Cortavam-se com facas
Que horror, que agonia!

Mas ia ficando bem tarde
E mesmo com todo o alarde
Não houve nenhuma resposta
Baal perdia a aposta

Então Elias chamou para perto o povo
Ergueu o altar quebrado do Senhor, de novo
Com doze pedras, simbolizando as doze tribos de Jacó
E sobre a lenha e o bezerro, jogou água, vejam só!

Quatro cântaros, três vezes, doze vasos!
E estavam cheios, não estavam rasos
E sobre o altar a água escorria
Como o fogo ali se atearia?

Elias invocou ao Senhor
Mostra que Tu és Deus em Israel
O Deus da terra e do céu
Traz Teu povo pra perto
E que eles só façam o certo!

Então caiu fogo do céu e consumiu a lenha
A pedra, o bezerro, tudo o mais que ali tinha
E ainda lambeu toda a água ao redor!
E o povo todo disse: Só Ele é o Senhor!

Rês é qualquer bicho de quatro patas
No caso, era um bezerro

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