intencionalmente
Ir é o melhor remédio, para quem já anda há bué tentar fugir do próprio tédio
Nem há novidade aqui, quando eu digo que na verdade o tempo é que é um assassino
Também eu sei como ele passa, o tempo que se desenrolou fez da minha folha fumaça
Então, mas calma escuta o resto, o tempo que um amor dura fez do doce indigesto
Nunca senti bem como o tempo: entra e senta, passa à frente, sem ter tempo, a 180
Cada vez que eu penso nele, eu só ganho a sensação de estar a perdê-lo
Intenso: tudo aqui uma intenção. Inconsciente do que pensas vive à espera d'atuação
Ou então não. Talvez só sabe quem sente
E ter "saudades do tédio" é tê-las intencionalmente
Não minto, não sinto, não pinto, nem finto
A vida que me siga, me diga e prossiga
Lamento se esse lamento nunca chega aqui
Metade da minha vida e eu vivo presa em ti
Eish! Sendo asssim "la vie rapide" é pouco
Nunca duvides que o tempo 'tá curar qualquer desgosto
'Tou-te só a tentar mostrar aquilo que eu vi
Então tu lê na vertical a intenção com que eu escrevi