Trincheira da fuloresta

Cheguei, meu sangue está quente
Zumbindo igualmente cavalo do cão
Coberto de arruda e liamba
E um ponto de samba na palma da mão

E eu vim bater mão ao cangaço
E cantar sem cansaço
Querendo um calor
No verso, pimenta, aguardente
Que comida quente é que tem mais sabor

No caminho, me aquilombei
No chão escutei quem ia e quem vinha
Quem é do samba deseja
Enfrenta a peleja com tropa de linha

Na praça de guerra quem gira
Não erra o que mira na ponta da vara
Quem risca nesse chão comigo,
Não acha perigo que não meta a cara

A tropa formou na frenteira
Caiu na tricheira
Não reclame à toa
Formiga trabalha sem mágoa
Mas um pingo d\'água pra ela é lagoa

A guarda formando a enchente
Descendo o batente, não vem pra voltar
Só brigo soprando assovio
Que a chuva é pro rio, e o rio só dá no mar

A tropa reúne de pronta
Quem tiver a conta que mande pra mim
Calcule, não renegue o preço
Que entrei no começo, sem saber do fim

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