Sede de Carinho

Na grande escola da vida, a gente aprende a viver
No palco do bem querer se aprende a arte de amar
No recanto do desprezo se aprende a viver sozinho
E na ausência de carinho a gente aprende a cantar

Ser poeta é viver cantando, mas com alma inconsolada
É ter tudo e não ter nada, igual flor que morre na lama
Ser poeta é querer da vida ao amor que a sorte trunca
Ser poeta é não ter nunca a mulher que a gente ama

Por isso tornei-me poeta, mas não canto de alegria
É que a mulher que eu queria tomou um rumo diferente
Quanto mais tempo esquecê-la mais minha saudade cresce
Por que a gente nunca esquece de quem esquece da gente

Na sombra do desengano, minha'lma triste vegeta
Meus lindos sonhos de poeta aos prantos também se vão
Igual ave do sertão, vou procurar outro ninho
Pra que a sede de carinho, não mate meu coração

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