Sombra
[Intro]
Dias de merda
Brinquemos ao faz de conta
Brinquemos ao faz de conta
Brinquemos ao faz de conta
Então?...
[Verso 1]
Ando a pegar fogo à minha vida
Bota gasolina, e pode ser que eu queime toda a euforia
Pode ser que eu me entregue a ela, mas não devia
Porque ou fujo de ti ou ardemos em sintonia
E sinto que um dia talvez mude
Mas agora ando ocupado a ser a quem não quer ser muito
E a perder cada minuto a lamentar o sucedido
P'ra pеrder mais um minuto a lamentar tempo pеrdido
Ando sempre pela berma da estrada do meu destino
Se a vida me passar ao lado é a ironia do caminho
A ironia que te mata se não entendes
Que jurei-te que não bebia mais, não te jurei que bebia menos
Lamento, não vale a pena por muito que me peças
Tenho um talento natural p'ra quebrar promessas
E prometo essas palavras que o tempo não levou
Mas nunca esperes mais de mim do que o que eu sou
[Refrão]
Mas não, não esperes que não me esconda
Se o nosso mundo tomba, não vou sair da redoma
Dá-me só uma razão p'ra renunciar à soma
Eu não sigo sou passagem, então força faz a conta
Mas não, não esperes que não me esconda
Se o nosso mundo tomba não vou sair da redoma
Dá-me só uma razão p'ra renunciar à soma
Sombra sombra, reza p'ra que me envolva
[Verso 2]
E se as palavras fossem nossas?
Eu juro que te dava a minha parte se fossem nossas
Então goza, mas goza bem o pouco que tu notas
No entanto eu escrevo o torto em linhas tortas
Essas linhas mortas ainda abrem cicatrizes
Entre Noites Calmas e Dias Felizes
Que dizes? Vou saboreando sereno e sozinho
O meu copo meio-vazio que vou enchendo de vinho
Se te entendo adivinho quando te escondes em cores
E dançamos o tango dos dissabores
Entre o arco-irís que queres e o cinzento que te dou
Já te disse, nunca esperes mais de mim do que o que eu sou
Mas vou provar que tudo é possível
No dia em que me convencer que não compensa ser invisível
Mantém essa fé incrível acesa se fores capaz
Enquanto eu espero que o tempo passe e me deixe p'ra trás
E durmo, pode ser que amanhã não acorde
Se acordar e te esquecer recorda-me que não te recorde
E esquece-me, age como se nunca me tivesses visto
Que só acreditas nos teus olhos, se não me vês eu não existo
Quero acreditar nisso, mas se não der insiste
Preciso duma desculpa p'ra desistir, então desiste
É tudo bem mais fácil se me deixares entre o nada
Eu não vou ficar sozinho, a minha sombra não me larga
[Refrão]
Mas não, não esperes que não me esconda
Se o nosso mundo tomba, não vou sair da redoma
Dá-me só uma razão p'ra renunciar à soma
Eu não vivo sou miragem, então força faz a conta
Mas não, não esperes que não me esconda
Se o nosso mundo tomba não vou sair da redoma
Dá-me só uma razão p'ra renunciar à soma
Sombra sombra, brinquemos ao faz de conta
[Pré-refrão]
Brinquemos ao faz de conta
Brinquemos ao faz de conta
Brinquemos ao faz de conta
[Refrão]
Mas não, não esperes que não me esconda
Não esperes que não me esconda
Brinquemos ao faz de conta
Brinquemos ao faz de conta
Brinquemos ao faz de conta
Vamos ser muito felizes, eu e a minha sombra
Eu e a minha sombra