Lava-me O Rosto
Pedro Freitas
Escolheste tocar numa pele não era a tua
Se foi a gosto, não lhe chames verão
Escolheste o Carmo e a Trindade, a carne crua
Nem a coragem e lealdade o vírus cura
Dança-me o corpo, lava-me o rosto e pede perdão
Se houvesse uma razão
Dança-me o corpo, lava-me o rosto e pede perdão
Não foi em vão, quem roubou a razão
Ter o desgosto à porta, a dor a querer entrar
Se o fogo pôs à prova a casa onde morar
Melhorar dançar na chuva, em vez de encontrar lar
Se o que arde cura, serei cinza em vez de mar
Dança-me o corpo, lava-me o rosto e pede perdão
Se houvesse uma razão
Dança-me o corpo, lava-me o rosto e pede perdão
Não foi em vão, quem roubou a razão