Fazendeiro do Ar
(1976)
Eu não devia te dizer agora,
Mas esta vida comovida é o diabo!
Eu não devia te dizer agora,
Mas esta vida comovida é o diabo!
Carlos Drummond de Andrade, anjinho torto
Que perdeu o bonde na curva da esperança.
Carlos Drummond de Andrade, moleque de Minas
Menino antigo, de ferro, futuro e lembrança.
Carlos Drummond de Andrade, perdoa a pretensão
De cantar tua poesia, mas vê se não adia pro outro século
A nossa bendita felicidade!
(Repete: Eu não devia te dizer...
Tempo de homens partidos, da falta que ama, reclama
Ensina amar, desamar, fazendeiro do ar que plantou a Rosa do Povo no Brejo das Almas, no conhaque de um bar...
Carlos, Carlito, o povo sumiu, a luz apagou
A festa vai continuar
Mas o Caso do Vestido, esse o jornal não vai noticiar!
(Repete: Eu não devia te dizer...