#28

Ruben Paz

Procuram pelo sabor hoje em dia é saber
Vivo preso na dor mas prometi nunca ceder
Organizo sempre com capa de mágico eu decoro
Indeciso mato faço de trágico por isso demoro
Contornar a trajetória divina não é subir altitudes
Onde apontas a história também consegues nomear atitudes
Vou em frente e nunca retrocedo na subida
Sobressalto no espírito enquanto a mente me elucida
No mundo da música cantores são como pornografia
Brincam com as palavras fazem se autores da filosofia
Segredos que se guardam na alma criam orações
Exploram ensinamentos com calma nas quais formam gerações
Pões pontos por pontos esteticamente fora de censo
Rimo e escrevo como falo foneticamente como penso
Falas no amor só porque viste 28 lugares
Nunca me ouviste contei 2 por 8 polegares
Encontrar uma profissão só nos dá uma consequência
De vencer na missão sem sentir qualquer aderência
É relativo as investidas nunca fiz por mal
Sou criativo e digno desenho puro ou original
Faço sons dentro de sons sucessos na gramática
Por cada 28 estrofes congelo versos na prática
Não sou fracassado melhoro a fazer de mim
Sigo aquilo que sinto ignoro o prazer ruim
Enriquecem Lisboa com estradas de cimento sem fortunas
Há cortes no vencimento em situações muito oportunas
Tenho calão olhanense acabamos a ser ultra reais
Descendência bejense daí busco talento nas cordas vocais
Fatais foram as vezes que confiei nesse alguém
Desse tipo de amigo que não apoiava ninguém
Enquanto eu gravava tracks para destruir falsos amigos
Uns tentavam construir algo outros só viravam inimigos
Perseguição constante todos os dias falávamos às 7
Manifestação e tu dizias contigo ninguém se mete
Comprometes-te a ajudar-me eras de uma banda astral
Abandonas-te me 2 por 8 vezes tudo vanda teatral
Depois daquela disstrack levas-te 1 ano desaparecido
Por momentos achei que este final estava esquecido
Dei-te uma oportunidade para amigos voltarmos a ser
Com a tua imaturidade só ficas-te a perder
Foste a tribunal e não conseguiste constar factos
Denuncias te mas nem fingis-te estar presente nos atos
Acusações sem nexo até a polícia contigo gozou
Vários deficientes fizeram sexo e de ti resultou
Levou a que as tuas sombra celhas cria sem união
Mono celhas num processo de folhas gastas-te um camião
Meu nem com Os Anjos numa rubrica acrónima
Lá deixas-te o teu nome numa queixa anónima
Minha lírica transforma o hip-hop num milénio
Só rasgando meu caderno terias rasgos de génio
Sou persistente com a tua querida faço porn-gancho
Enquanto ficas como assistente de câmara tipo Sancho
Mesmo estando a chover que apareça o animal
Não tenho medo de morrer porque sou imortal
Infinitamente a descongelar barras com flow de Marte
E como esmaguei às 14 fico pela metade
#28

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