Vampiro Mordido
As portas do castelo estavam abertas,
Um morcego voava pelos campos do céu.
Cantava um rock norte-americano
Num cavalo castanho, era estranho, era estranho.
Entrei naquela porta entreaberta,
Depois de tanto tempo no interior das cavernas.
Subi a escadaria aveludada
E os ponteiros marcavam meia-noite assombrada.
Ouvia uma música sombria
E cada vez mais sentia uma dor na barriga.
O quarto da donzela é um descalabro,
Tem uma cama redonda e um retrato de Stalin.
E quando ela me viu soltou um grito
Mas que só foi ouvido pelo ouvido dos bichos.
Depois cravou seus dois longos caninos
no meu pescoço magrinho, eu sou um vampiro mordido.
Entrei pela floresta americana
Me escondi entre os cachos de amarelas bananas.
E quando é lua cheia e noite fria
Eu derramo uma lágrima esquisita, esquisita.