Príncipe do Nada
Minha vida tem história
Tão marcada pra contar
Pois o homem só é homem
Se o respeito propagar
Minha vida era voltada
Pra alegria e o prazer
Não ligava mais pra nada
Era o meu jeito de viver
Virava as noites embriagado
Em forrós e cabarés
Era o príncipe do nada
Com mulheres, mais de dez
Gastava o que não tinha
Só pra satisfazer
O vício me dominava
Queria só beber
As sinucas eu jogava
Era só uma diversão
Fui ficando viciado
Não largava o taco, não!
Eu ganhava e perdia
Começava a beber
E ficando embriagado
Não podia mais vencer
O taco então quebrava
Começava a confusão
Eu não mais me conhecia
Era metido a valentão
Desafiava quem passava
Só falava palavrões
Os amigos se afastaram
Eu não dava jeito, não!
Eu caia no vazio
Quando o efeito passava
A vergonha era o ultimato
Do que me restava
Resolvi ir pelo mundo
Pra minha vida resolver
Só Deus sabe o que sofri
Para poder aprender
Passei fome, muito frio
E fiquei junto aos mendigos
Repartiam o que tinham
Foram mais do que amigos
Hoje sou um cidadão
Consegui me reerguer
Mas quero deixar bem claro
Dentro de todo ser
Bebidas, jogos sem limites
Só levam a destruição
Depois de Deus no mundo
Tudo é pura ilusão!
Depois de Deus no mundo
Tudo é pura ilusão!