Policromia
Já vai pra mais de um mês
E eu erro outra vez
Vou invadir a minha mente
Porque não sei o que penso
Desta minha vida
Adoro chuva
Odeio o sol
É foda ser assim
Eu mancho meu lençol
Não olho mais pra mim.
De novo eu não agüento mais
Eu sei que nada sei
E sei que sei demais
E sempre saberei
Como os dias são iguais
É sempre a mesma coisa
Mas é tão diferente
E é mesmo igual
Por ser tão diferente assim
Vem pra cá
Não quero mais ficar sozinho
E esta tarde fria
E aqui está tão quente
Por está tão frio assim.
E faço e viajo
No meu pensamento.
Me faço outras vezes
Por me refazer
Sou fruto de mim mesmo
Não quero mais sofrer.
A liderança não me atrai
Só quero ser classificado
O sol nasce para todos
A sombra nasce para poucos
Os últimos serão desclassificados.
E digo e digo,
Pra quem está ao meu lado
Vi anjos transando
Tentando correr atrás de mim
Ontem é passado
Ontem é passado
Ontem é passado.
Pois se o futuro a deus pertence
E espero que ele valorize o meu sofrimento
E se o passado já passou
Por que será que ele está
Tão presente?
A palavra chave é: sorte.
Mais por que eu não consigo a ver?
Nem pense que acabou
Meu choro tem valor
Eu acho que sou tão infeliz
Fico pensando a noite inteira
E só escuto a tv.
Pois não tem nada pra fazer
E sinto um cheiro
E sinto ódio
Nem sei se pode
Mais eu faço
Foda-se esta porra de ordem
Eu num to nem aí
Conspiração pra mim se explodir
Agora é cada um por si.