Banquete da Ilusão
Um dia eu acordei
De um sono tão longo
Profundo e desumano
No alto de um castelo
Sobre um trono dourado
Crânios e ossos por todo lado
Que estranho, tão estranho
É cada um por si e ninguém por ninguém
Um conto de fadas azuis
Falsa liberdade sobre um chão de algodão
No banquete da ilusão
Em um ambiente frio
Pessoas todas iguais
Se adorando em frente ao espelho
Ninguém ali sabia
De onde a comida vinha
Só queriam um pouco mais
Tanto faz, eu também quero mais
É cada um por si e ninguém por ninguém
Um conto de fadas azuis
Falsa liberdade sobre um chão de algodão
No banquete da ilusão
Um forte terremoto
Veio a destruir
As paredes do meu reino
Só então pude ver
Além daquele teatro
As pessoas e seres que estavam ali
Com trabalho sem fim
Sem nada no prato
Nem ter onde dormir
Só pra servir meia dúzia de reis
Que subiram nas costas de vocês
É cada um por si e ninguém por ninguém
Um conto de fadas azuis
Falsa liberdade sobre um chão de algodão
No banquete da ilusão
Mas agora eu acordei e agora eu tenho pressa
Acordei do pesadelo de uma vida desconexa
Eu vou me redimir e não vou ficar aqui parado