Último Acto

Dino d’Santiago, Reflect

Abraça agora o tempo como nunca abraçaste
Escuta o som da minha voz como nunca escutaste
Sente o hino de mil caras, de mil vozes e um
contraste
Na procura de ti próprio quando sentes que já
falhaste
Tento ser razoável, mas o meu tempo é limitado
Sinto que já perdi de mais por tudo aquilo tenho dado
Sinto as mãos a tremer quando num palco vocês brilham
E um arrepio na pele ao ver que me deram o que não
tinham
Sinto a responsabilidade de conquistar numa mensagem
Não te iludas com o brilho e o fascínio de uma imagem
Metade das luzes são falsas e o resto é camuflagem
Raciocínio nesta geração é uma pura miragem
Não é o fumo que consomes, é o fumo que te consome
Quando te mata, te prende e te rouba o teu nome
Sou o assalto que te tenta quando a alma já rebenta
Sou a raiva que explode e o coração que não aguenta

E se o meu tempo me permitir mostrar
Serei a luz nos teus ouvidos que te vai guiar
E se esta história tem que ter um fim
É isto que eu sou e o que quero para mim

Respiro o mundo individualista que me mente em
colectivo
Que não me dá a cura, mas me vende um preservativo
Prefiro o ódio à verdade que caracteriza a minha
vivência
Do que o amor a uma mentira e um sorriso de
benevolência
Numa resposta não convicta eu convido à reflexão
Sou o Reflect que nunca fui e cada dia é uma lição
Sou sócio honorário da virtude que me guia
Sou o reflexo nos teus olhos, a saudade e a nostalgia
Só quero ser inspiração p'ra quem me sente e premeia
Os que cresceram a ouvir-me e me aplaudiram da
plateia
Não desiludo, não iludo, sou a ausência de uma
promessa
Sou ampulheta e a areia que escorre sem dar conversa
Sou o mérito de uma vitória que comprei com o meu
talento
Sou a perícia, sem malícia, valores são o alimento
E se o meu tempo me permitir mudar o rumo desta
história
Serei a voz da salvação que te canta em tom de glória

Sou o último acto d'uma peça que nunca irá estrear
Porque no fundo eu nem nasci, eu morri para criar
Vivo no limite da razão, insanidade chama por mim
Não conheço o início, mas tenho contrato com o fim
Desvendo a vossa mente, sente o medo e recua
Sou mistura excessiva de silêncio e luz da lua
Psicologia desta vida e filosofia tatuada
Sou o enigma, sou a chave, sou a mágoa acumulada
Não corro atrás de ninguém, mas fujo do que não sou
Odeio cada verso que a minha mente criou
Nunca serei o melhor, porque no fundo eu não existo
Eu não penso, nem respiro, moro ao lado de Cristo
Sou os phones nos ouvidos da esperança desfocada
Na minha visão diminuta, amplamente explorada
E se as linhas de um livro justificam todo o mal
Então o mundo já acabou e esta faixa nem é real

Abraça agora o tempo como nunca abraçaste
Escuta o som da minha voz como nunca escutaste
Sente o hino de mil caras, de mil vozes e um
contraste
Na procura de ti próprio quando sentes que já
falhaste
Tento ser razoável, mas o meu tempo é limitado
Sinto que já perdi de mais por tudo aquilo tenho dado
Sinto as mãos a tremer quando num palco vocês brilham
E um arrepio na pele ao ver que me deram o que não
tinham
Sinto a responsabilidade de conquistar numa mensagem
Não te iludas com o brilho e o fascínio de uma imagem
Metade das luzes são falsas e o resto é camuflagem
Raciocínio nesta geração é uma pura miragem
Não é o fumo que consomes, é o fumo que te consome
Quando te mata, te prende e te rouba o teu nome
Sou o assalto que te tenta quando a alma já rebenta
Sou a raiva que explode e o coração que não aguenta

E se o meu tempo me permitir mostrar
Serei a luz nos teus ouvidos que te vai guiar
E se esta história tem que ter um fim
É isto que eu sou e o que quero para mim

Respiro o mundo individualista que me mente em
colectivo
Que não me dá a cura, mas me vende um preservativo
Prefiro o ódio à verdade que caracteriza a minha
vivência
Do que o amor a uma mentira e um sorriso de
benevolência
Numa resposta não convicta eu convido à reflexão
Sou o Reflect que nunca fui e cada dia é uma lição
Sou sócio honorário da virtude que me guia
Sou o reflexo nos teus olhos, a saudade e a nostalgia
Só quero ser inspiração p'ra quem me sente e premeia
Os que cresceram a ouvir-me e me aplaudiram da
plateia
Não desiludo, não iludo, sou a ausência de uma
promessa
Sou ampulheta e a areia que escorre sem dar conversa
Sou o mérito de uma vitória que comprei com o meu
talento
Sou a perícia, sem malícia, valores são o alimento
E se o meu tempo me permitir mudar o rumo desta
história
Serei a voz da salvação que te canta em tom de glória

Sou o último acto d'uma peça que nunca irá estrear
Porque no fundo eu nem nasci, eu morri para criar
Vivo no limite da razão, insanidade chama por mim
Não conheço o início, mas tenho contrato com o fim
Desvendo a vossa mente, sente o medo e recua
Sou mistura excessiva de silêncio e luz da lua
Psicologia desta vida e filosofia tatuada
Sou o enigma, sou a chave, sou a mágoa acumulada
Não corro atrás de ninguém, mas fujo do que não sou
Odeio cada verso que a minha mente criou
Nunca serei o melhor, porque no fundo eu não existo
Eu não penso, nem respiro, moro ao lado de Cristo
Sou os phones nos ouvidos da esperança desfocada
Na minha visão diminuta, amplamente explorada
E se as linhas de um livro justificam todo o mal
Então o mundo já acabou e esta faixa nem é real

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