Refém

Eduardo Costa Barbosa

Sua dívidas jamais serão pagas
Só você não vê o precipício sem precedente
Cortaram sua garganta você não tem mais voz
Mutilaram o seu orgulho , e agora só você vê o inútil vazio
Arrancaram suas pernas, você não vai mais há lugar nenhum
Você não passa de um doente, inútil agora
Tente sair do lixo onde se meteu
Não tente me julgar

Mutilaram o seu orgulho
Agora só você vê
O inútil e vazio doente que virou

As fronteiras rompidas com declínio constante
E toda dignidade jogada na lata de lixo
Eu já nem sei quem você é mano
Eu vejo o desespero no olhar da sua mãe velho
E me sinto impotente e culpado de alguma forma

E aonde você chegou
Pra onde você quer ir

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