Canção da Liberdade
Aproveite enquanto os tempos são de paz
Ainda temos muito o que comemorar
Os dias passam rápido demais
E note que não notamos mais quase ninguém passar
Me indique um remédio eficaz
Pros sintomas que me fazem se afastar
Minhas impressões vão muito além de digitais
E nesse mundo digital não há nada que eu possa tocar
Eu me estresso com o externo
Tentando me internar internamente
Enfermo, mas não eternamente
Vou mirando nas estrelas
Tenho flores no meu pente
E minha mente diz
Tente, altere o presente
Espero que alguém nos encontre
E nos leve pra marte
Ou qualquer parte do universo
Que não seja um universo à parte
Repartindo, compartilho minha arte
O que me cabe é mudar tudo
Como René Descartes
Pobres vivem no inferno
E o terceiro mundo é tenso
Vejo os ricos rumo ao céu
Mas eles morreram por dentro
Mortos sempre usam terno
Sinto que eles não tem senso
Então acendo outro incenso
No equilíbrio me concentro
Enquanto falam de bilhões
Enfrentamos turbilhões
De pensamentos
Sentimentos que reforçam os refrões
Não importa o que passou
Sempre soltamos rojões
No fim de ano
E cantamos nossas melhores canções
Peço perdão, não quero a paz da verdade
Me sinto são ao contemplar a insanidade
Vista-se com sua venda, venda-me a paz de verdade
Que a justiça aqui é cega e já tá ficando tarde