Estranho

Guilherme Arantes

Estranho é todo homem
Que não se sujeita
A esquerda ou direita
Que nunca serve, nunca
Se enquadra
E sempre sobra sempre,
De fora à beira, quase,
Na boca presa a frase
E a fera sempre à boca
De espera
Estranho é todo homem
Cuja alma é nômade
Cuja imagem mente
Nem bom, nem mau, é um homem
Ausente
Que sempre sobra, sempre,
De fora, à beira, quase
Na boca presa a frase
E a fera sempre à boca de espera

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