Miséria
Vem pelos caminhos
De pés descalços
Os pobres que andam sozinhos
Implorando por compaixão
Vivendo na fome e na solidão
E pedem um pouco de chuva
E pedem um pouco de pão
Caminham em tristes passos
Com medo do futuro
Sem ter esperança
E com muita garra não
Não abaixam a cabeça
Porque pra eles não são nada
Olhe por nossas crianças magras
Comendo cactos cozidos na água suja
O sol sempre a pino a vida castigada
Mais erguem os olhos pedindo água
Que pelo céu se esconde
Caminham em grandes distancias
Para sua sede matar
O gado aqui se encontra pele e osso
E é consumido pela terra Arida
Que castiga esse povo de Fé
Que vive aqui e do outro lado do nada!