Deus
Nos olhos dançantes
Fugiam nudez
Comprimiam fazes
E não, rastros
Rastejava pelas nuvens
Corria no escuro
Se perdia no encontrado
Comovia a paciência
Estranhava seu corpo
Procurava sua alma
Nada trazia tudo
E toda a imensidão, era nada
E as mãos falantes silenciaram
Os pés postiços seguravam
As respostas do eu
E o crente, descrente renascido
Fez do infinito Deus dará
Mergulhou no batente vazio e descobriu
O escondido procurado
E a loucura lavada viva
Trouxe o real exato
Apagou funerais forçados
E acendeu o Deus errante