Figueira, Sombra e Cantuga
Busquei guarida pro meu verso mais criolo
Que anda solito ao relento de influencias
De um sol entrando com nacente estrangeira
Queimando o solo das cantigas da querencia
Meu canto xucro galopou no campo aberto
E nos povoados que cruzou não fez pousada
Pois no caminho mui moderno dos costumes
Já anda escasso até mesmo muma ramada
De rédeas firmes cavalguei o chão nativo
Vi o meu sonho transformando-se em distancia
E apadrinhando o trote largo de uma rina
Fiz dentro d``alma o aconchego de uma estancia
Fui palanqueando o potro manso de razão
Que nega estribo ao costume de outros tantos
Sestiei no pasto verde do solo gaúcho
Deitado á sombra da figueira do meu canto.