Favela

ARMANDINHO DO CAVACO / Buda / CLÁUDIO FILÉ / HELINHO 107 / Rafael Gigante

Ê favela
Que eu amo, que eu chamo de lar doce lar
É favela, seus becos, vielas irão me levar
Ao tempo que a liberdade
Subiu a ladeira sem opção
Quando o soldado da guerra voltou
A cidade as costas virou, o morro estendeu a mão
Vem erguer castelos, o mais singelo projeto popular
Pra viver, se equilibrar e sonhar

Tá ligado no aviso, o samba não vai morrer
Tiro onda, improviso, é meu jeito de viver
Somos sinistros na arte e na rima
Lá vem são clemente ladeira acima

Sangue fervendo em nossas veias
É gueto, é aldeia, religião
Pouco com Deus me faz sentido
Une os exlcuídos nessa miscigenação
Favelado sim senhor!
Eu também tenho valor, tem que respeitar!
O meu sonho social é orgulho nacional a brilhar
Favela, porque vivemos na corda bamba?
Entre um lado e o outro, nosso “partido” é o samba
Revela, a sua face pra toda cidade
Unindo as forças em uma só voz
Um grito por dignidade!

Dona marta” prepare o “tempero”
Um punhado de amor “verdadeiro”
Misture alegria com simplicidade
São clemente é raiz, paixão, amizade!!
Receita de comunidade

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