O Milionário

De rosto cansado e mão calejada
Uns tostões no bolso ao fim da jornada
Sob a luz das estrelas põe-se a caminhar
Por fim na sua rua por onde ninguém quer passar
No meio do quase nada o seu lugar

Que nada lhe falta, sua cara espelho
Cada porta que abre, um abraço a si mesmo
Portas que dão para o céu
Sentado numa velha cadeira de balanço
Tranquilo ao léu

E na certeza inabalável, um homem abençoado
Agradece em oração, o perfume da gratidão
Luz acesa em meio escuridão

Por onde ninguém quer passar
No meio do quase nada o seu lugar
Que nada lhe falta sua cara espelho
Cada porta que abre um abraço a si mesmo

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