O Fim da Tarde
Plinio Oliveira
O vento nas palmeiras, o orvalho na roseira
No azul os passarinhos abrem as asas
Um arco-íris cobre as casas e flutuam nuvens brancas pelo ar
A chuva branda lava o olhar
O vão das coisas quietas, o murmúrio da cascata
Mas pelas ruas automóveis levam corações aflitos e tão frágeis
As pessoas nunca cansam de esperar
Alguém chamar, alguém chegar
O fim da tarde, o firmamento
Eu sinto dentro do meu peito uma espécie de lamento
Um sentimento de ser filho insuspeito disso tudo
Qual era mesmo, nessa vida o meu lugar
Uma saudade, o infinito
Um rio que corre para o mar, nosso destino está escrito
Eu acredito, mas tanta gente anda a esmo pelo mundo
O adeus é triste, o amor existe e há de voltar...