No Costado da Fogueira
Eu encilhei meu cavalo um zaino mocho estreleiro,
E me larguei pra fronteira, donde são pedro é posteiro.
Fazia tempo que o peito me apertava o coração.
E a terra dos presidentes,
E a terra dos presidentes, reclamava o meu violão.
Voltei velho santo companheiro.
E tu voltaste pro calor desta fogueira,
Que um deus gaucho já cansado do silêncio,
Te deu a chama destas almas cancioneiras.
São joão te ajuda nesta ronda velho santo,
Cuidas do campo e ele cuida do braseiro.
E sei que o rillo também tá nesse universo
Fazendo verso pela mão de outro parceiro;
E sei que o rillo também tá nesse universo
Fazendo verso pela mão de outro parceiro.
Não sei porque nossas guitarras se calaram.
Nem que pecado nos deixou longe de ti.
Teu canto é puro, feito a fé da nossa gente,
Que reza sempre pra poder voltar aqui.
Deus nos permita todo ano um fim de junho,
Ter um cavalo que nos leve pra fronteira.
E que não faltem estrelas pra fazer ronda,
Lida e cordeona no costado da fogueira.