Tributo ao Chimarrão
É caixa de ressonância primitiva do meu pampa
Carregas em tua estampa as tradições do meu pago
Quando te sorvo, amargo, tu aqueces minha garganta
E o meu peito se agiganta te bebendo trago a trago
Por isso, quando eu morrer quero que tenha mateada
E que, desde a alvorada, corra frouxo o chimarrão
Pois, pra mim, significa a cuia de mão em mão
Cada verso que eu cantei nos fandangos de galpão
Dá de mão nessa chaleira e ceva logo o chimarrão
Que o sul deste país tem civismo e tradição
Dá de mão nessa chaleira e ceva logo o chimarrão
Que o sul deste país tem civismo e tradição
Hoje, vives nos galpões e ranchos do povoado
Testemunho do passado às futuras gerações
E, quando mateio, sinto o gosto da minha querência
Água pura que é a essência de caras recordações
Oh! Velha cuia redonda de pátrias continentinas
Trazes o calor das chinas que, comigo, já matearam
E cada mate sorvido tem ajoujo com a saudade
Que, hoje, minha alma invade nas lembranças que ficaram
Dá de mão nessa chaleira e ceva logo o chimarrão
Que o sul deste país tem civismo e tradição
Dá de mão nessa chaleira e ceva logo o chimarrão
Que o sul deste país tem civismo e tradição